O Ministério Público Estadual (MPE) e o Ministério Público Federal (MPF) vão investigar a suposta fraude no parecer de uma obra de trânsito para a Copa do Mundo 2014, em Cuiabá.O MPF abriu inquérito nesta quinta-feira (24) para apurar se os servidores do Ministério das Cidades cometeram atos de improbidade administrativa. O MPE já havia aberto uma investigação sobre a substituição do modal de transporte escolhido para a Copa do Mundo de 2014.
Nesta quinta-feira, uma reportagem publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" afirmou que o ministério forjou o documento que autorizou mudanças em projeto de mobilidade urbana na cidade, ampliando o custo da obra para R$ 1,2 bilhão - R$ 700 milhões a mais do que o previsto na proposta original.
Na avaliação do promotor, o projeto do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) não deveria constar na Matriz de Responsabilidade da Copa. Ele acredita que o VLT deve ser licitado como um projeto autônomo. A matriz se trata de um termo de compromisso assinado pelos governos estadual e federal em relação as principais obras da copa. "A obra não é essencial para a realização da Copa", comentou.
Segundo informou o jornal, o projeto inicial previa a construção de um corredor de ônibus exclusivo do tipo BRT [Bus Rapid Transit], na sigla em inglês, que já contava com financiamento aprovado. No entanto, em junho, o governo de Mato Grosso anunciou que pretendia deixar o BRT de lado em troca da implantação de um VLT. A obra é mais cara, mas, segundo o governo, é necessária para atender a um movimento de passageiros maior do que o BRT comporta. O promotor Clovis Almeida adiantou que poderá requisitar informações sobre os pareceres técnicos do ministério em relação aos dois modelos de transporte.
Com informações de g1.com.br
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