O Bus Rapid Transit é um modelo de transporte coletivo de média capacidade. Constitui-se de veículos articulados ou biarticulados que trafegam em vias específicas ou elevadas. Várias cidades do mundo, como Curitiba, Goiânia e Bogotá, adotaram o BRT como solução aos problemas viários no meio urbano.
No Brasil, Curitiba é a mais antiga e famosa cidade a implementar este sistema de transporte. Em Porto Alegre, já estão nas ruas os primeiros BRTs que fazem parte do plano de mobilidade visando a Copa do Mundo. Porém, na Capital gaúcha enfrentamos, no mínimo, dois problemas que necessitam de atenção:
1. Pouco espaço:
A cidade possui poucos pontos onde esses coletivos pudessem serem utilizados. Uma ótima sugestão seriam nos corredores de ônibus da capital, como por exemplo a 3ª Perimetral e Av. Protásio Alves. E aí entra um ponto que vai ao encontro da proposta do Município, denominada Portais da Cidade. A criação de estações que fariam essa integração entre coletivos comuns e os BRTs, dos bairros ao centro da cidade, reduzindo a quantidade de ônibus na zona central e o tempo gasto nos trajetos. Como consequência, a criação desses "portais" exigiriam obras de infraestrutura e certamente novas desapropriações. Talvez a única estação apta, atualmente, seria o Terminal Triângulo, na zona norte de Porto Alegre.
2. Utilização equivocada:
Esses primeiros BRTs estão trafegando em regiões que não são apropriadas para esses tipos de veículos. Atualmente, esses coletivos estão saindo da zona sul em direção ao centro. Como estes ônibus podem substituir até 3 veículos, a falta de espaço das ruas e avenidas atrasam o tempo de viagem desses equipamentos, fazendo com que dupliquem o número de pessoas, tendo esses BRTs um número muito superior de pessoas para realizar o transporte. Sem contar o atraso nos ônibus convencionais devido a falta de agilidade e flexibilidade desses novos veículos, "travando" o fluxo da cidade.
Bom ou ruim, só veremos no futuro. O importante é que eles já estão chegando na cidade e com as correções sensatas dos gestores e técnicos teremos um novo passo para o transporte coletivo na cidade, já que o sonho do metrô ainda levará alguns anos para se tornar realidade.
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